Rio 2011




21 a 24 de abril de 2011.

Aproveitamos o feriado prolongado para visitar o Rio de Janeiro. Foi nossa primeira viagem melhor elaborada juntos e a primeira vez na cidade para fazer turismo.

Primeira viagem de avião a turismo. E a primeira decolagem da vida da Lu.


Chegamos no dia 21 por volta das 15 horas. Nos hospedamos no Tropical Barra, um hotel a beira da praia na Barra da Tijuca. Eu já conhecia esse hotel de uma viagem anterior a trabalho e gostei tanto do lugar que fiquei com vontade de voltar lá com a Lu.

Depois do check-in e reconhecimento do quarto, fomos logo para a praia.


Praia da Barra da Tijuca.


A praia da Barra da Tijuca é menos movimentada que as praias de Copacabana e Ipanema e talvez ainda mais bela, pois a densidade de prédios também é menor.

Chegamos a tempo de aproveitar a praia e presenciar este belo pôr do sol.




No dia seguinte fomos visitar o Cristo Redentor. Não havia venda de ingressos pela Internet (ou se havia, não sabíamos), então chegamos na hora que abriam os guichês de venda, 8:00 em ponto. Tínhamos ciência que poderíamos enfrentar filas, o que não contávamos é que, além delas, conseguiríamos comprar os ingressos do Trem do Corcovado agendados para subir apenas as 12:30. 

Não queríamos subir de van, ir de trem parecia ser uma experiência inusitada e gostaríamos de aproveitá-la.

Lá pelas 8:50 estávamos quase conseguindo comprar as passagens... para depois do meio dia.


Depois de comprar os tickets do trem, fomos de táxi para a Praia de Copacabana, para passar o tempo e conhecer aquela parte da orla, que não estava nos planos.

Copacabana. Para quem não estava planejando pegar praia até que nos saímos bem.



Voltando ao Corcovado no horário marcado, pegamos o trenzinho. A maior parte da subida é por dentro da mata fechada e a experiência foi bem agradável. 

Os melhores momentos são as paradas nas estações, a passagem por um casarão abandonado — outrora um hotel — e quando o trem que está subindo encontra aquele que está descendo.

Um antigo hotel abandonado na subida do Trem do Corcovado.

O outro trem, descendo.


Chegando no topo do morro, sol brilhando, horizonte claro e vistas estonteantes.

Centro, Baia da Guanabara e o Pão de Açúcar vistos do Corcovado.
Vistas do Morro da Catacumba e Lagoa Rodrigo de Freitas.


Ao redor da estátua do Cristo Redentor as condições não estavam muito confortáveis. Havia uma miríade de turistas que, assim como nós, resolveram aproveitar o feriadão para visitar o famoso monumento. 

Era sempre muita concorrência para chegar nos melhores lugares e quase impossível tirar boas fotos.


Multidão literalmente se esbarrando para tirar uma foto com o Cristo.

O disputado Redentor, redimindo na medida do possível.


Depois do Cristo, seguimos direto para o outro ponto turístico óbvio do Rio. 

Almoçamos um lanche na rua mesmo enquanto enfrentávamos duas enormes filas para subir os morros da Urca e do Pão de Açúcar de bondinho. 

O tamanho das filas foi amenizado pois dividimos o trabalho: enquanto um enfrentava a fila para compra o ingresso, o outro já guardava lugar na fila para entrar na estação dos bondes. 


O bondinho também estava superlotado.

Subindo.

Selfie com o Pão de Açúcar no Morro da Urca e o belo visual da Guanabara.


A ideia era pegar o fim de tarde no Pão de Açúcar e funcionou conforme planejado.


A singular silhueta carioca no pôr do sol.


Voltamos para a Barra da Tijuca de táxi e terminamos a sexta jantando um bom "linguado a belle meunière" no restaurante Na Brasa Columbia Barra, pertinho do hotel.



No terceiro dia, sábado, saímos do hotel e fomos a pé conhecer um pouco mais o canto esquerdo da praia. O passeio pelo trapiche do Quebra Mar foi interessante, o mar era calmo e exibia águas impressionantemente transparentes de cor azulada. O lugar também é desembocadura das lagoas da Tijuca e do Marapendi e o conjunto morro, canal e mar forma um belo cenário.


No Quebra Mar, você olha para um lado e vê o Canal do Marapendi, olha para o outro e vê a praia.
"Impressionantemente transparentes de cor azulada".


Ainda pela manhã rumamos de táxi até o Mirante do Leblon e fizemos uma caminhada dali até onde a praia se transforma em Ipanema.

O Mirante e a Praia do Leblon.


Depois de uma pausa para uma bebida em um dos típicos quiosques do calçadão da praia, fomos procurar outro táxi com o intuito de conhecer o Jardim Botânico. 

Porém, conversando com o taxista, nos convencemos a trocar o destino pela Quinta da Boa Vista. Foi uma excelente ideia.


Lago com pedalinhos e um coreto chamado "Pagode Chinês" na Quinta da Boa Vista.


A Quinta é um popular parque municipal e um ótimo lugar para passar o dia nos finais de semana. 

Muito cariocas fazem justamente isso. 

Ali pode-se passear e brincar livremente com as crianças, fazer piqueniques, assistir apresentações em eventos públicos, comprar brinquedos e lanches em barraquinhas e curtir diversas atrações. 

Nós visitamos o Museu Nacional, almoçamos em grande estilo com parte da delegação do Vasco no restaurante homônimo ao parque e fomos ao Zoológico.

Malandragem para botar os dois na mesma foto com a fachada do Palácio de São Cristóvão.


O Palácio de São Cristóvão foi residência da Família Imperial Brasileira até 1889 e hoje abriga o Museu Nacional da UFRJ.

Visitantes impressionados com o Meteorito do Bendegó, atração do museu.


O Museu é especializado em história natural e arqueologia, além de ostentar salas com decoração preservada da época em que era moradia de reis.

Um crânio de Tiranossauro Rex e outras peças arqueológicas e históricas do museu.


Depois do museu, fomos almoçar. Depois do almoço, fomos ao Zoológico.

Vou confessar que, apesar do ambiente agradável para um passeio e da ampla diversidade de flora e fauna, as condições dos animais enjaulados nos incomodaram um pouco.

Não sei, mas acho que estes pinguins não deveriam estar morando no Rio de Janeiro.


Vamos ser justos: sobre os pinguins, havia uma placa tentando esclarecer que eles foram resgatados no mar e estavam em recuperação para serem devolvidos ao ambiente adequado.

Mas havia um urso, cara, que ficava indo para trás e para frente batendo a cabeça numa porta de metal. Fez isso durante todo o tempo que observamos. E uma mancha de desgaste na porta denunciava que aquele, talvez, fosse o passatempo preferido dele. 

Não sei por qual motivo o animal fazia aquilo, mas ele parecia estar muito deprimido. A gritaria das crianças ao redor e um calor muito forte não contribuíram para melhorar a cena, que era bem triste.

Poxa, Sr. Urso, sinto muito por te botarem nesta situação.



Ambos não visitavam um zoo desde crianças e depois deste não fomos em nenhum outro (o do Beto Carrero conta?). Não sei dizer se todos causariam essa sensação de que algo muito errado estava acontecendo. 

De qualquer forma, o passeio não deixou de ser interessante e o zoológico é bem completo.


Alguns dos mamíferos alojados no zoológico do Rio.


O lugar também conta com uma "Passarela da Fauna", que circula por cima de uma área onde alguns animais ficam em "semi-liberdade".

Passarela da Fauna.


O dia foi cheio, mas ainda não estava completo. Resolvemos nos aventurar voltando ao hotel pelo transporte público tradicional ao invés de pegar um táxi. A estação de metrô de São Cristóvão fica em frente à Quinta da Boa Vista. 

Fomos até lá, pedimos informação sobre o trajeto, aprendemos que o metrô nos levaria até Ipanema e que, de lá, poderíamos tomar um ônibus até a Barra da Tijuca.

A estação com o estádio do Maracanã ao fundo e o vagão quase vazio no começo do trajeto.


Foi a primeira vez de ambos em um metrô e foi uma experiência tranquila. 

Em Ipanema, pegamos o ônibus corretamente, mas desembarcamos muito a frente do local correto na Barra. Nos rendemos e pegamos um táxi de volta ao hotel. Tudo bem, a "aventura" já havia sido bem sucedida.

A noite iríamos no Barra Shopping fazer compras e jantar.





Com o voo de volta marcado para o meio da tarde de domingo, nos despedimos do Rio com um passeio em direção ao meio da praia na Barra da Tijuca, onde fica a Barraca do Pepê e o monumento em homenagem ao famoso voador de asa delta.


Lembranças do Pepê na Barra da Tijuca.


Aquele domingo de Páscoa amanheceu nublado e as condições foram piorando no decorrer do dia. Já na conexão, em São Paulo, vimos uma reportagem na TV que mostrava as fortes chuvas e alagamentos que arrebataram o Rio de Janeiro. 

Nenhuma gota de chuva enquanto estávamos lá.


Para saber mais...

Praia da Barra da Tijuca (Wikipedia)Tropical Barra HotelTrem do Corcovado - Blog Lugares Esquecidos (belas fotos do hotel abandonado) - Bondinho do Pão de Açucar - Barra da Tijuca (Wikipedia) - Quinta da Boa Vista (Wikipedia) - Restaurante da Quinta da Boa Vista - Museu Nacional UFRJ - Zoo do Rio (Wikipedia) - Metrô Rio - Mirante do Leblon (TripAdvisor) - Restaurante Na Brasa Columbia Barra - Barra Shopping - Reportagem sobre os 20 anos sem Pepê - Reportagem sobre as chuvas


Todas as fotos deste blog foram tiradas por Herbert de Borba e Luciana Martins durante a viagem relatada.
Este post é uma homenagem aos nossos 9 anos juntos e foi publicado pela primeira vez em 05 de agosto de 2016.
© 2016 Herbert e Lu. Todos os direitos reservados.