Paris: O Arco do Triunfo


Quinta feira, 12 de Setembro de 2013.


No final de tarde fomos de metrô até a Praça Charles de Gaulle, conhecida históricamente como Place de L'Éttoile, por causa do formato de estrela.



Captura: A "Praça da Estrela".
Dica: Clique para abrir em tamanho maior
Crédito: Google Earth


O lugar é um ponto central de uma junção de 12 avenidas de Paris e abriga aquele que talvez seja o mais famoso Arco do Triunfo de todos.




Foto: Talvez não dê para perceber, mas o trânsito na rótula do arco beirava ao caos naquele final de tarde.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Foto: Como quase todo lugar turístico, a praça é palco para sessões de fotos artísticas.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


O Arco do Triunfo da L'ettoile é uma obra arquitetônica imponente, com seus sólidos 50 m de altura, 45 m de largura e 22 m de profundidade.



Foto: O Arco do Triunfo da L'ettoile fica em uma movimentada rótula rodoviária.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Quando chegamos, o horário para entrar no monumento já havia encerrado, o que nos privou de conhecer uma exposição permanente e a bonita vista de cima do arco.



Foto: Diversos adornos, remetendo às batalhas vencidas por Napoleão, emolduram o Arco do Triunfo.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Mas a parte externa do monumento também é muito interessante, com suas diversas esculturas e adornos que relatam — sob o ponto de vista Francês — as histórias das batalhas vencidas pelo "jovem" exército de Napoleão Bonaparte contra os "truculentos" guerreiros germanos.



Foto: Os relevos "A Captura de Alexandria" e "A Passagem da Ponte de Arcole".
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


A escultura "A Partida de 1792", do artista François Rude, por exemplo, comemora a formação da Primeira República Francesa, durante a insurreição de 10 de agosto de 1792 — considerado o evento que definiu a Revolução Francesa.



Foto: A escultura "A Partida de 1792" e, acima, a gravura "O Funeral do General Marceau".
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Foto: A fachada leste e a escultura "O Triunfo de 1810", de Jean Pierre Cortot.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Foto: A escultura "O Triunfo de 1810", e os nomes de batalhas gravados nas paredes do Arco do Triunfo.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Napoleão Bonaparte ordenou a construção do arco em 1806, após sua vitória na batalha de Austerlitz.



Foto: A escultura de Jean-Pierre Cortot representa Napoleão sendo coroado pela deusa da Vitória.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Mas o imperador não chegou a presenciar o monumento terminado, fato que ocorreria apenas em 1836, 15 anos após sua morte.



Foto: O vão central do Arco do Triunfo , e a escultura "A Resistência de 1814", que adorna a fachada oeste.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Apenas em 1840, após a França conseguir que os Britânicos devolvessem seus restos mortais, Napoleão finalmente cruzaria o Arco do Triunfo em um funeral tardio promovido pelo Estado.



Foto: A escultura "A Paz de 1815", na fachada oeste do Arco do Triunfo.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Foto: Detalhe da impressionante escultura de Antoine Étex.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Foto: A lateral norte do Arco do Triunfo.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Durante a visita também foi possível admirar os pilares e a parte coberta do monumento, onde se podem ver mais relevos com motivos heroicos e gravuras com nomes diversos.



Foto: O pilar oeste do Arco do Triunfo, com seu teto de rosas.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Os nomes pertenciam aos generais franceses que comandaram as tropas nas batalhas ali homenageadas, além de algumas figuras importantes da Revolução Francesa.



Foto: Relevo em que indica que os nomes abaixo dele se referem às batalhas de Jemappes e Fleurus.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Aqueles que morreram como heróis de guerra tinham seus nomes sublinhados, de forma a lhes dar destaque.



Foto: Os nomes das principais figuras de guerra gravados no pilar oeste do arco.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Bem embaixo do arco, presenciamos uma relativamente moderna homenagem aos soldados incógnitos que perderam suas vidas nas batalhas das I Guerra Mundial.

Uma placa pedia "respeito pela solenidade do lugar".



Foto: É uma tumba mesmo, alguém desconhecido está enterrado ali.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Pode parecer estranho, mas no lugar realmente repousavam os restos de um Soldado Desconhecido — que era tratado dessa forma, como um nome próprio — e que representaria todos os demais combatentes mortos em guerra e que não tiveram um funeral adequado.



Foto: Uma "chama eterna" queima em homenagem ao Soldado Desconhecido.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Quando os restos mortais do Soldado Desconhecido foram depositados no Arco do Triunfo, em 1921, o governo francês lhe concedeu uma medalha da Legião de Honra, a mais importante condecoração que pode ser dada naquele país.

A "chama eterna", que queima em cima da tumba, teria sido uma das fontes de inspiração de Jacqueline Kennedy para uma homenagem semelhante feita no jazigo do prematuramente falecido presidente dos Estados Unidos.



Foto: "Aqui repousa um soldado francês morto pela pátria, 1914-1918".
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Na hora de ir embora, novamente tomaríamos o metrô para ir em direção a Île de la Citê, onde visitaríamos a Catedral e Notre Dame e já estaríamos nas redondezas do hotel .

Ocorre que a estação Charles de Gaule ficava exatamente ao lado da estação de trem intermunicipal, e os tíquetes de transporte de Paris também permitiam passar pela catraca dessa última.



Foto: A Champs Élisée vista da Praça Charles de Gaulle, no fim de tarde.
Dica: Clique para abrir em tamanho maior


Acabamos entrando por engano na estação de trem e, logo que percebemos, saímos rapidinho e nos dirigimos até a estação correta.
Mas quando fomos entrar, os tíquetes não estavam mais sendo aceitos pela catraca, apesar de estarmos dentro do período em que seria permitida a baldeação.

Demos sorte de um atendente estar disponível em uma guarita próxima, e dele ter compreendido nossa situação. O rapaz não titubeou e indicou um portão ao lado da catraca, que ele abriria remotamente para podermos entrar.

Era um horário de muito movimento, e bastante gente estava na fila para entrar pelo mecanismo normal, então logo que o atendente abriu o pequeno portão alternativo, diversas pessoas se aproveitaram e passaram por ali mesmo, num fluxo contínuo, junto com a gente.

Provavelmente uma trivialidade corriqueira no "horário de rush" de uma grande metrópole, mas para nós, meros turistas, o momento ficou marcado como uma lembrança peculiar.










Todas as fotos e vídeos, exceto quando creditados, foram registrados por Herbert de Borba e Luciana Martins durante a viagem relatada.
O objetivo desta publicação é resgatar e preservar as memórias dessa viagem.
Publicado pela primeira vez em 28 de março de 2019
© 2019 Herbert e Lu. Todos os direitos reservados.